O que é a UA?

O que é a União Africana?

A União Africana (UA) é uma organização política e administrativa, fundada em 2002. É composta por 54 países na África, com sua principal capital administrativa localizada em Addis Ababa, Etiópia. A sede fica no AU Conference Center and Office Complex. Este edifício tem 20 andares e um salão plenário com 2.500 lugares.A UA tem vários objetivos, o principal deles é promover e encorajar a unidade entre os países e cidadãos africanos. Além disso, esta organização trabalha para manter a independência de seus membros, promover a paz e a segurança, proteger os direitos humanos e avançar o desenvolvimento sustentável econômica e socialmente.

História da União Africana

A UA originou-se da União dos Estados Africanos da década de 1960, da Organização da Unidade Africana (OUA) de 1963 e da Comunidade Econômica Africana de 1981. Críticas à eficácia dessas organizações levaram a discussões na década de 1990 entre o Chefe de Estado da Líbia e os Chefes de Estado e Governo da OUA. Em setembro de 1999, os oficiais criaram a Declaração de Sirte, registrando a necessidade da União Africana.

Com a necessidade estabelecida, vários governos participaram de cúpulas para definir o Ato Constitutivo (em 2000) e o plano de implementação para a UA (em 2001). A primeira sessão foi realizada em 9 de julho de 2002 e chefiada pelo sul-africano Thabo Mbeki, o primeiro presidente. Desde então, sessões ocorreram em vários países.

Organização da União Africana

A UA é dividida em vários órgãos. A Assembleia da União Africana é o ramo mais poderoso da organização e é composta pelos Chefes de Governo das nações-membro. A Assembleia se reúne uma vez por ano para votar na legislação. Cada decisão deve ser tomada por pelo menos dois terços dos votos.

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Além disso, esta organização tem um braço representativo – o Parlamento Pan-Africano. Seus 265 representantes parlamentares são eleitos pelos capítulos nacionais da UA. Ele está localizado na cidade de Midrand, na África do Sul, e serve para encorajar a participação democrática no funcionamento da UA.

O Conselho Executivo, composto por ministros de relações exteriores, que preparam material para apresentar à Assembleia para sua discussão e aprovação. Este Conselho toma decisões sobre questões de alimentação, agricultura, comércio exterior, comunicações e previdência social.

O Tribunal de Justiça da União Africana decide sobre conflitos em torno dos tratados da UA desde 2009. No entanto, este Tribunal será substituído em breve pelo Tribunal Africano de Justiça e Direitos Humanos, que atuará como uma fusão entre o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Direitos Humanos e dos Povos.

O Conselho de Paz e Segurança foi estabelecido em 2004 como uma resposta rápida a situações de conflito e crise em toda a África. Este Conselho também é responsável por prevenir e resolver conflitos à medida que surgem. Além disso, é encarregado de resolver conflitos e supervisionar a construção da paz pós-conflito. A Assembleia elege seu corpo de 15 membros com base na organização regional.

Outros ramos da UA incluem: o Conselho Econômico, Social e Cultural; o Comitê de Representantes Permanentes; a Comissão Africana de Direitos Humanos e dos Povos e a Nova Parceria para o Desenvolvimento da África.

Desafios enfrentados pela União Africana

A União Africana deve enfrentar uma série de obstáculos para atingir seus objetivos. Essas questões incluem: a presença de regimes autoritários, a ocorrência contínua de guerras civis, condições extremas de saúde precária e pobreza, a necessidade de melhorar a economia e a falta de políticas ambientais e de desenvolvimento sustentável.

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Em termos de preocupações com a saúde, os países africanos enfrentam tanto a malária quanto a epidemia de HIV/AIDS. Na verdade, a África Subsaariana tem as maiores taxas de HIV encontradas em qualquer lugar do mundo, com milhões morrendo a cada ano. Em vários países, estima-se que pelo menos 20% da população sexualmente ativa esteja infectada. Aqui, esse diagnóstico reduz a expectativa de vida de seus portadores em 6,5 anos. Além de ser uma tragédia e perda para os indivíduos e suas famílias, isso também terá um impacto negativo no crescimento do PIB da UA. Isso é particularmente verdadeiro na África do Sul, que representa 30% de toda a economia da UA.

Quando o ex-presidente dos EUA Barack Obama discursou na UA em 29 de julho de 2015, ele abordou vários desafios ao progresso da UA, incluindo a falta de democracia e líderes não cooperativos. Isso é visto na Líbia, que foi forjada pela guerra civil em 2011. Além disso, a UA trabalhou para recuperar a paz em várias zonas regionais de conflito. Essas áreas incluem: Darfur no Sudão, para onde a UA enviou 7.000 tropas de manutenção da paz em 2005; Somália, para onde a UA trabalhou para estabelecer um governo de transição após um período de cerca de 20 anos sem um governo funcional; e Anjouan em Comores, onde a UA interrompeu a agitação política e uma invasão determinada a obter independência de Comores.

Planos Futuros da União Africana

Além dos desafios mencionados anteriormente, a União Africana também estabeleceu algumas metas muito complexas para o futuro. Uma delas é a criação de um Estados Unidos da África ou um Governo da União. Esta organização já elaborou algumas propostas sobre como formar um Governo da União, embora alguns estados-membros não concordem com a abordagem exata. Algumas das medidas futuras a serem tomadas incluirão uma urgência maior por trás da consolidação de ações econômicas e políticas de países africanos e uma auditoria dos ramos da UA para fortalecer a organização e se aproximar de um Governo da União da África.

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Como parte do objetivo de criar uma frente mais unida na África, a UA também estabeleceu outros objetivos futuros para seus países-membros. Para melhorar o comércio e aumentar suas indústrias de importação e exportação, a Assembleia da UA estabeleceu a missão de estabelecer uma área de livre comércio dentro de seus países-membros. Para facilitar a transição de uma área de livre comércio, a UA também está planejando criar uma união aduaneira e um mercado único. Uma das complicações de um mercado unido na África é que cada país usa uma moeda diferente. Para esse fim, a UA também identificou o desejo de criar uma moeda comum e um banco central. Essa ideia foi proposta na União Monetária Africana, que planeja ter uma moeda compartilhada até 2023 e um banco central até 2028. O plano será semelhante ao da União Europeia.

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