No final do ano de 2015 foi descoberta uma nova espécie de anfíbio na Serra do Mar em Santa Catarina, Sul do Brasil. Se trata de um sapo pequeno e venenoso que foi descoberto por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e tiveram parte da pesquisa financiada pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, através do projeto realizado pela Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais e ARTIGO PUBLICADO na Revista Internacional e Multidisciplinar de Ciências e Medicina PLOS ONE.
Esse novo sapinho foi batizado com o nome deMelanophryniscus biancae em homenagem a uma pesquisadora que fez parte do estudo. Esse pequeno sapo que mede aproximadamente 1 cm a 2,5 cm possui a pele escura com verrugas e certos espinhos pelo corpo onde acumulam substâncias químicas tóxicas devido sua alimentação baseada em formigas e ácaros, por isso os seus predadores devem tomar cuidado, principalmente as cobras.

Infelizmente, essa nova espécie já está ameaçada de extinção tendo em vista o desmatamento da região, queimadas e mineração, ou seja, atividades humanas estão matando a nossa biodiversidade, onde algumas espécies jamais serão conhecidas! Esse sapo vive no alto das montanhas em pequenas poças de águas acumuladas na base das folhas de bromélias terrestres e são vulneráveis a impactos causados pelo homem.
Esse gênero Melanophryniscus pertence à família Bufonidae que são conhecidos como sapos verdadeiros. Essa família pode ser encontrada em todos os continentes, exceto Austrália e Antártida. Todavia, essa nova espécie é endêmica da região do Sul do Brasil, ou seja, só pode ser encontrada lá, especificamente no alto da Serra do Quiriri e em florestas no alto da Serra Queimada, onde se encontra 8% da Mata Atlântica com uma biodiversidade tão rica e talvez desconhecida pelo mundo.
Esse pequeno sapo não possui dente e são cobertos de verrugas e glândulas que secretam substâncias tóxicas quando estão estressados para se defender dos predadores ou alguém que queira perturbar sua vida, por isso cuidado! Apesar de sua coloração não chamar muito à atenção, ele pode causar sérios danos devido sua toxicidade, principalmente as cobras. É muito triste saber que essa espécie recém descoberta corre o risco de sumir do planeta, todavia os pesquisadores buscam meios para que sejam protegidos e conservados em seu ambiente natural para garantir sua sobrevivência e maiores estudos.
Fontes: ciclovivo, Artigos: Three New Species of Phytotelm-Breeding …